terça-feira, 22 de julho de 2014

Herança Maldita 3.0? Ser ou não ser, eis a questão!

Amigos, tinha vários assuntos em mente para escrever aqui faz tempo. Pensei na crise de credibilidade e reputação de nosso clube, da questão do fornecedor de material esportivo, da crise gerencial e administrativa, do balanço de 2013 ainda não aprovado, enfim, assuntos englobando o nosso Vasco, tem e sobra, infelizmente não tão positivos.

Entretanto, refletindo percebi que de nada adianta falar de gestão, propostas de mudança, analisar detalhes, se o futuro que se coloca a frente é desconhecito.

A política é muito importante! Pode ser que você não goste de política, mas ela é fundamental na formação de uma sociedade, no nosso caso a sociedade vascaína.

O mandatário eleito terá poderes em mãos, gerindo cerca de R$ 160 milhões de reais por ano, durante 3 anos. O estrago pode ser enorme. O ganho também. Pode afundar ou pode levantar a nau. Acho difícil que continue como esta, que já é um estado temerário.

Portanto, esse momento é de extrema importância para o clube que nós amamos. É dever de todo vascaíno, apto a votar, que vote, e principalmente que conheça os candidatos e tome a melhor decisão.

Esta será uma eleição bem difícil e confesso que ainda não me decidi em quem votarei. Mas como aqui é um blog parcial, onde coloco minha opinião, assim, vou expressar aqui o que acho dos principais candidatos, e vejo que são, em ordem alfabética: Eurico Miranda (Casaca), Júlio Brant (Sempre Vasco), Nelson Rocha (Vira Vasco) e Roberto Monteiro (Identidade Vasco).

- Eurico Miranda: Teve fase áurea no Vasco como VP de Futebol, onde a equipe teve bastante sucesso. Sempre foi adorado pelos vascaínos e odiado pelos adversários. Porém suas ações, como VP e posteriormente como Presidente, recebem muitas críticas, minhas inclusive. Não podemos esquecer que apesar dos grandes times, pagamos até hoje um preço bem alto pelo projeto olímpico, onde diversos atletas de esportes diversos, como levantamento de peso até hipismo eram patrocinados pelo Vasco, muitos atletas de ponta com altos vencimentos. Não podemos esquecer ainda o logo do SBT na final do João Havelange, quebra de contrato com Ace, Kappa e Bank of America, perdendo patrocínios e parcerias das melhores do Brasil. Se elegeu deputado federal 2 vezes tendo o Vasco como base eleitoral.

Possui ainda uma ação perdida em 3 instâncias para ressarcir o clube pagamentos de ação de caráter pessoal. Realmente isto mostra um claro conflito de interesses, com possibilidades do Vasco deixar de ser indenizado pelo próprio em aproximadamente R$ 3 milhões caso seja eleito e retire a ação, até mesmo colocado pelo blogueiro Rica Perrone ( http://www.ricaperrone.com.br/cr-inacreditavel-eurico/).

No campo de propostas caso eleito, não consegui visualizar nenhuma. Não existe site. É do tipo, la garantia soy yo, como ele mesmo falou (https://www.youtube.com/watch?v=otxxZB785Pk). O que ele fará de novo, já que durante ficamos 7 anos sem patrocínio, sem grandes times e apenas 1 carioca ganho? Que equipe compõe, será a mesma desde a gestão Calçada - Eurico?

Ainda tem o episódio onde a sua chapa teoricamente paga eleitores no chamado mensalão. Um dos seus apoiadores, José Luiz Moreira, VP de Futebol em sua gestão, não teve uma dívida confessada pelo Eurico antes de deixar o cargo paga pelo Dinamite. Será que terá em caso da volta de Eurico? Além disso, José Luiz Moreira junto com o também apoiador do Eurico, ex VP Jurídico Paulo Reis, foram gestores do Olaria, que acabou rebaixado no Carioca.

Sinceramente muito temo pela volta ao passado com o Eurico, acho que deveria atuar em função do Vasco, mas nem isso fez como presidente do Conselho de Beneméritos ou com a influência que tem na FFERJ, onde constantemente somos garfados.

- Júlio Brant: Nome desconhecido dos vascaínos, mas com o suporte do ídolo Edmundo e da oposição Cruzada Vascaína, na figura de seu líder Leonardo Gonçalves. Possui uma excelente formação acadêmica e profissional, mas nada no campo esportivo. Ainda é uma incógnita, seus projetos, equipes e planos.

Sinceramente é um nome que talvez deposite meu voto. Apesar de novo na política, isso pode ser um trunfo, onde a torcida já não aguenta mais de aproveitadores.

Mas existem muitas questões ainda em aberto, e como é tudo muito recente não tem ainda coisa a ser comentada. O que eu gostaria é de saber algumas coisas, tais como:
- Quais projetos e planos de gestão? O mesmo da Cruzada, algo novo, quais são as prioridades?
- Muito se fala no grupo do Edmundo, mas quem são? De que forma pretende ajudar?
- O Edmundo falou muito de empresários e investidores. Já existe alguma  carta de intenção em patrocínio? Se sim, qual, de que forma, que valores poderiam se injetados no clube? Ninguém gostaria de ver se repetir a factóide do Olavo Monteiro, da tal fila de investidores que até agora não chegou...

Espero que em breve essas dúvidas estejam sanadas e ele possa ter o meu voto.

- Nelson Rocha: dentre os 4, acho é o que tem menos chance de ganhar. Se mantém como candidato, mas ainda acho que pode se alinhar em algum grupo na última hora. Não votaria nele. Todos os anos em que foi VP de Finanças suas contas foram reprovadas pelo Conselho Fiscal e aprovadas, em meio de arranjos políticos, pelo Conselho Deliberativo. Tentou se eleger deputado federal em 2010, usando o Vasco. Briga na justiça, e nisso acho que tem méritos, para tentar limpar a eleição do Vasco dos chamados "mensaleiros".

- Roberto Monteiro: É uma chapa de situação travestida de oposição. Reúne amplo apoio de diversas casas portuguesas e de muitos ex VPs da Gestão Dinamite. É acusado de ser também mensaleiro, o que nega. É vice presidente do Conselho Deliberativo do Vasco. Apresentou diversas propostas e vem desde 2012 se apresentando como candidato e batalhando apoios e votos. Eu tenho reservas quando ao seu nome, principalmente por já ter usado o Vasco diversas vezes como trampolim político e em nenhum momento declarou que não será candidato caso seja eleito Presidente. É um nome forte que pode bater de frente com o Eurico. Talvez vote nele pelo mal menor, para bater o Eurico e  no caso das dúvidas que tenho quando ao Júlio Brant não sejam esclarecidas ou satisfatórias.

Enfim, dependendo do candidato eleito e da sua gestão, infelizmente poderemos ter uma Herança Maldita 3.0 para o pleito de 2017.

Peço encarecidamente que os sócios votantes pensem no melhor para o Vasco, analisem as propostas e reflita sobre cada cabeça de chapa, e por fim, que compareça no dia 06 de Agosto (se nada mudar) para votar, pois cada voto é muito importante.

E vocês, o que pensam?

Saudações Vascaínas!


quarta-feira, 9 de julho de 2014

Herança Maldita 2.0

Meus amigos, por questões pessoais e profissionais deixei de escrever aqui neste blog por um grande espaço de tempo. Reconheço que as
notícias sobre o Vasco ano passado e até agora me desanima cada vez mais... Mas não podemos ou devemos esmorecer diante de um cenário calamitoso que se observa adiante. Acredito que temos que cada um em sua possibilidade, fazer parte da mudança que queremos e esperamos.

Meu post hoje será sobre o que acredito ser uma herança maldita, termo tão em voga, que a próxima gestão receberá.

Em julho de 2008, após duas gestão Eurico, Dinamite tomava poder e a palavra que mais se falou foi sobre a Herança Maldita. A tal herança foi desculpa, e perdão da torcida, pelo primeiro rebaixamento.

De fato, ficamos anos sem patrocínio master, recebíamos valores irrisórios pelos patrocínios MRV, Habibs e Reebok; tínhamos dívidas milionárias com jogadores e instituições bancárias e esportivas; o time era muito fraco, com jogadores de pouco potencial para revenda; principal promessa, Philippe Coutinho, já vendido...

Esperamos os novos patrocinadores, já que haveria uma fila de investidores, como disse o intocável Dr. (ele é médico ou fez doutorado?) Olavo Monteiro de Carvalho.

Passados algum tempo, mesmo com patrocínio estatal que nunca recebíamos (incompetência nossa) e alguns erros (contrato Champs), vimos nossa receita crescer substancialmente e jogadores de maior reconhecimento aportar na colina, e com o título da Copa do Brasil, Dinamite se reelegeu.

Pensávamos que o Vasco voltava a ser o velho Vasco, Gigante e Temido. Ledo engano.

Hoje, passados 6 anos, prestes a deixar a presidência após as eleições de 6 de agosto (será que vai ter?), concluo que teremos a Herança Maldita 2.0!

O ano crucial foi 2012. Saímos por um triz da Libertadores. E na janela do meio do ano nosso time foi desmontado. Pior que nem recebemos ainda pelo Diego Souza. Nesse meio tempo, Dinamite teve desmontado sua base de sustentação política e a eleição foi antecipada em 2 anos. Saíram o José Mandarino, José Pinto Monteiro, Nelson Rocha, Fred Lopes, dentre outros. O Vice Presidente do Conselho Deliberativo Roberto Monteiro já lança sua candidatura. Todos desferindo ataques na gestão que mal tinham deixado para trás.

Com uma gestão mais frágil e sem repor as VPs, o Vasco se estrangula economicamente, não consegue uma vaga na Libertadores (sequência inexplicável de derrotas do atual técnico campeão brasileiro, Marcelo Oliveira) e não tem qualquer agilidade e competência para atrair patrocínios.

No final de 2012 jogadores chaves deixam o clube de graça, Fernando Prass, Nilton e Alecsandro. Sim, eles fizeram muita falta ao time em 2013.

2013 foi o ano da invenção. Gaúcho e Renê Simões, com participação especial do Ricardo Gomes não conseguem  montar um time decente, que comece pelo goleiro. Apequenam  o Vasco. Tudo sobre o olhar complacente de Dinamite.

Entra Autuori, que logo sai por promessas não cumpridas. Dorival fica muito mais do que deveria. Adilson não consegue salvar.

Ainda mais esvaziado, Dinamite se segura em zécutivos (desculpe, é infame mesmo) a peso de ouro para tocar o clube.

Somos rebaixados novamente em 5 anos.

Agora 2014, ao apagar as luzes, o próximo mandatário receberá uma herança maldita. A Herança Maldita 2.0, que acumula a herança maldita anterior com novas deixada por Dinamite:

- Clube politicamente rachado;
- Clube sem credibilidade institucional;
- Contrato de tv inferior aos rivais;
- Dívidas milionárias crescentes;
- Clube sem patrocínio master (Caixa acaba em agosto e costas esta vago);
- Contrato indevidamente assinado com fornecedor esportivo (será que vinga mesmo?);
- Diversas receitas antecipadas;
- Caos administrativo e financeiro.

Os itens acima são apenas os principais. Com certeza mais esqueletos sairão do armário e deixará a próxima gestão com muitas dificuldades de gestão.

Meus próximos posts irão abranger alguns pontos acima mais a fundo e também algumas medidas que acredito que possa ajudar a próxima gestão.

E vocês, o que acham?